sábado, 12 de julho de 2008

Crepes.


Uma das iguarias mais populares da França é o crepe, primo chique de nossas panquecas. Em qualquer lugar de Paris, há sempre uma crêperie para alegrar o turista.
Feitos, em geral, no inverno, sua preparação pode ser um momento de descontração para toda a família. Enquanto os adultos se contorcem com a frigideira na mão para fazê-los soltar no ar, dar uma reviravolta, e cair abertos do lado contrário ao já cozido, as crianças se divertem com o espetáculo de malabarismo e equilibrismo. É um verdadeiro circo familiar. Mas pode ser muito divertido para um jantar a dois, bem íntimo, num dia que vocês dois quiserem fazer algo diferente.
Os franceses têm centenas de histórias ligadas aos crepes, que surgiram no tempo dos romanos, passaram pela época dos primeiros cristãos e resistiram inalterados na sua forma e composição até os tempos modernos. Hoje, é valorizado como o prato do bom humor e da cordialidade.
Em torno deles existem engraçadas superstições que animam as noites frias em que costuma servi-los. Uma delas é o hábito de levar cada convidado a preparar o seu, formulando um desejo antes de jogar o crepe para o ar. Se cair aberto e do lado certo, o desejo será imediatamente atendido. Caso contrário, só poderá voltar a ser formulado no inverno seguinte. Outra, é tentar jogá-lo para o ar, segurando a frigideira apenas com uma das mãos, mantendo a outra ocupada com uma moeda de ouro. Se cair certinho, serão garantidas ao felizardo equilibrista melhores oportunidades e riqueza.
Essas superstições têm origem na Idade Média. Em muitas regiões os camponeses tinham o costume de deixar um crepe aberto na cozinha para atrair sorte e afastar o fantasma da fome. É que os crepes, pelo seu formato e cor, lembravam as moedas de ouro usadas na época, os famosos "luíses", cuja denominação se referia aos diversos reis com o nome "Luís" que a França conheceu. Não tendo um "luís" real, tinham o crepe.
É possível também que esta relação com as tradições dos camponeses normandos. Durante uma das festas comemoradas pela igreja francesa, os camponeses se apresentavam diante dos senhores feudais com um timbale. Dentro, levavam uma moeda de prata e um crepe. Um deles escolhido ao acaso, era encarregado de fazer soltar o crepe. Se ele caísse aberto dentro do timbale, os camponeses eram beneficiados com a redução dos impostos sobre a colheita. Daí a conotação de sorte que passou através dos tempos.
Prato sobretudo rural, o crepe alçou vôo para as mesas mais sofisticadas, preparadas com produtos exóticos e raros. Atualmente, são servidos de todas as formas: salgados ou doces; simples ou recheados; abertos, enrolados ou empilhados; como sobremesa ou entrada. Apesar de requintados, hoje, nos recheios, os crepes mantêm desde a Idade Média a mesma forma simples e rápida de preparação. Basta juntar o ovo, farinha e leite. Depois, é jogar para o ar e esperar que a sorte ajude.
Fonte: 100 receitas francesas / Marianinha Prado

Minha receita de crepes é bem simples e a faço sempre. Não precisa untar a frigideira por que na massa vai manteiga, então o crepe não gruda na frigideira!

Ingredientes:

  • 2 ovos inteiros,


  • 2 colheres (sopa) de manteiga amolecida,


  • 1 1/2 xícara (chá) de leite,


  • 1 colher (sopa) de conhaque,


  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo peneirada,

  • sal a gosto.

Coloque no liquidificador todos os ingredientes. Tampe e bata durante uns 5 segundos, ou até que esteja tudo bem misturado. Leve à geladeira por 15 minutos. Depois desse tempo faça os crepes!!!!!

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