quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Meditação...

COZINHAR É MEDITAR
Como fazer da arte culinária uma forma eficiente de meditação? É fácil. Basta lembrar da definição mais simples, mais ampla e verdadeira de meditação: “Meditar é estar inteiro naquilo que se faz.” Qualquer atividade humana, praticada desse jeito, pode se transformar em meditação. Aplicada à cozinha, a meditação significa transformá-la num ateliê de arte muito limpo, organizado e eficiente. Aplicada a você, significa que, a partir do momento em que veste o avental, você encarna o artista criativo que existe no seu íntimo. Aprenda a se respeitar como tal. Aprenda a gostar de cozinhar, a não ver essa atividade como uma obrigação maçante e cansativa à qual você se obriga ou é obrigado a desempenhar por força das circunstâncias. Passe a ver a cozinha como um templo, e a si mesmo como grão-sacerdote ou grã-sacerdotisa da culinária, com o poder de realizar magias extraordinárias apresentadas na forma de apetitosas iguarias.
Escolha bem as receitas e os ingredientes. Não economize no capricho. Não faça nada de modo alheio, automático, ausente. Evite o mais possível cozinhar quando está tomado por estados emocionais negativos. Esteja sempre inteiro, firme e tranquilo em cada fase do trabalho, desde lavar as verduras até aquelas últimas pitadas de condimento que equivalem às pinceladas de gênio de um pintor. Sobretudo, lembre-se de que cozinhar não requer apenas mãos hábeis e cabeça inteligente. Cozinhar é doação, seja para você mesmo, seja para aqueles que vão desfrutar do seu talento. Tudo isso exige também um coração amoroso, consciente de que, em matéria de amor, receber é ótimo, mas dar é ainda melhor.

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